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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Não, eu não estou estudando!

Sexta-feira à noite, todas as crianças dormem, marido e mãe assistem reprise de "Medium" na Sony, enquanto eu me preparo pro concurso. Se eu estou estudando? Não, eu não estou estudando! Eu sei que agora minha companhia talvez devesse ser o bom e velho amigo abaixo:
Mas essa semana saiu a homologação dos candidatos ao concurso e são 25, contando comigo, pra unica vaga de Bioquímica. Sinceramente, acho que o que eu estudei esses quase 20 anos de bioquímica vão ter que bastar por agora.
Diz-se por aí (e eu adoro repetir!):  "o que é do homem o bicho não come!", então se eu for o "homem" da vez, ótimo. Se não fosse, depois eu veria como faria.
Segunda-feira começa a maratona e até o fim da semana, ou no começo da outra, define-se essa etapa. Vamos ver o que dá.
Bem, enquanto eu tenho preguiça de subir pra dormir, aguento os mosquitos zumbindo em meus ouvidos, que são os únicos lugares do meu corpo que não estão cobertos ou não tem repelente. E vou pensando como vou começar a minha "Ode aos sapatos". Quero fazer um exercício mental-literário pra ver se eu descubro como eu (e muitas outras mulheres) desenvolvem essa fissura por sapatos.

Olha esse que fofo!
Para esse lindo sapato, direi:
Largado, sujo, 
num canto qualquer
Rescende ao couro
E fede a chulé

Salto de madeira
Faz toc toc no chão
Silêncio nem pensar
Esqueça a discrição

Mas que charme!
Mas que graça!
Que alegria 
ele me dá!

Não ligo pro cheiro ou barulho,
meu sapato é de couro
e é com ele 
que eu vou

 Andar, caminhar
Pensar
Até que pro chão ele volte 
e fique

Largado e sujo
fedendo a chulé
cheio de história 
pra contar...
Não, eu não estou estudando... pro concurso. Mas me estudando sim, agora e sempre, pra ver se um dia melhoro.
Boa noite.

2 comentários:

  1. Eu tb tenho um sapato assim que eu adoro. sempre q vou me desfazer dele [há séculos não o uso] fico com peninha e guardo de novo. Gostei da sua ode aos sapatos.

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  2. Que maravilha! Acho que pessoas assim, como nós, não conseguem nunca ficar sem estudar. Digo, podemos passar a vida estudando os detalhes que a vida nos dá a varejo.

    Engraçado, uma vez assisti a um documentário sobre uma médium (olhem aí, Vítor e Rosa ;^) que conseguia uma descrição pormenorizada de alguém apenas observando e tocando seus calçados. Claro, é um objeto carregado de marcas impressas por dentro e sobre eles de pessoas as mais variadas. Conseguia obter detalhes como porte físico, idade, família, carreira, gosto para vestimentas etc — era impressionante vê-la fazer essas predições!

    Acho que ela, na verdade, fazia o contrário de você: estudava, especializava-se e trabalhava na análise minuciosa dos calçados, enquanto que, à noite, com a família linda e tranquila assistindo "Detetives Médicos", punha-se a fazer poemas sobre a candura singela da ptialina...

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