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sábado, 23 de junho de 2012

2012: Ano dos 40 anos. Sem crise.

Poxa... Quem arruma tempo pra escrever todo dia num blog? Bem, só quem trabalha com isso (jornalistas, colunistas, formadores de opinião), ou aposentados e adolescentes. 
Eu não arrumo tempo. Aliás, até me esqueço desse blog. O que é uma pena, já que mal ou bem, é uma forma da gente ir acompanhando o que pensamos ao longo da vida, e de vermos como a gente muda. Ou não muda.
Há poucos meses atrás escrevi sobre a crise dos quase 40. Então agora eu tenho 40. Especificamente, 40 anos e 11 dias.
Daí saio com aquela máxima: não me sinto com 40 anos. Talvez, com 30. Acho que a maioria das pessoas ativas diz isso. E talvez isso seja porque ficamos sempre com a referência de alguém mais velho, na visão que tínhamos quando éramos mais jovens. 
A lógica é simples: a expectativa de vida do homem na Terra vem aumentando significativamente ano a ano. Mesmo aqui no Brasil, com todos os seus problemas, isso ocorre. Confira no link.


Em sendo assim, nossos pais, que em média tem de 20 a 30 anos mais do que nós, tinham uma expectativa de vida menor. E a cada ano, essa expectativa sobe mais ainda. Por exemplo: eu tenho 4 sobrinhas e 3 filhos. Olhe abaixo a expectativa de vida projetada para o ano em que eles nasceram (eles tem entre 2 e 18 anos agora:

1994- 68,13 anos
1996- 68,85 anos
1998- 69,62 anos
2003- 71,29 anos
2005- 71, 88 anos
2009- 73,09 anos

Quando minha mãe e minha sogra nasceram (1945), a expectativa de vida era de cerca de 38 anos!!! Quando eu nasci (1972) já estava em cerca de 45 anos, mais 6 anos do que elas. E para os netos a coisa ficou melhor ainda. Ou seja:

Avó (minha sogra)/primeira neta: diferença de 30 anos
Avó (minha mãe)/primeiro neto: diferença de 33 anos.
Mãe (eu) para meus 3 filhos: entre 26 a 28 anos a mais

Portanto, MEUS 40 anos não são os mesmos 40 anos da minha mãe e da minha sogra, e MUITO MENOS serão os 40 anos dos meus filhos. Provavelmente, a geração deles, ao chegar aos 40, deverá ser muito mais parecida com a nossa geração (dos quarentões de hoje) aos 20. 
Esse fato já se observa quando vemos a todo momento os agora chamados "adultescentes". Não tratarei disso aqui agora, mas segue aqui o link para um artigo que fala sobre isso, a luz da Gestalt terapia.



O fato é que quando eu era adolescente (lá pros meus 14 anos), auge da liberação feminina, existiam inúmeros programas e reportagens falando sobre a tal "crise dos 40" (que atinge aos homens também, mas mulheres gostam mais de falar sobre essas coisas) e já via que isso gerava um certo temor nas pessoas. Medo de ficar velho. De ficar acabado fisicamente. Profissionalmente. Socialmente.
Logo após começou uma nova onda, contrária essa temerária, que dizia: "A vida começa aos 40!".   E essa tem se tornado mais forte após eu ter chegado já à vida adulta (lá pros meus 20 e poucos anos). Antevejo que quando meus filhos chegarem aos 40 anos, essa "campanha" será: A vida começa ao 70 anos!
E como tudo nessa vida, há coisas muito boas e outras nem tanto nisso tudo. Mas isso também é papo pra outro dia.
Enfim, para mim não há crise. Há problemas do cotidiano, como há para todos. Uns mais graves, uns mais bobos, outros que não valem nem a pena comentar. Mas há vida. Muita vida. E muita disposição para superar todas as expectativas de (boa) vida.
Boa noite!

Um comentário:

  1. Acho que, qdo se vai avançando na faixa etária, o processo é mais ou menos semelhante. Crianças de 10 anos acham idosas as pessoas de 25 e as de 25 pensam q idoso é o indivíduo de 40, assim como este pensa no de 60 como o "pé na cova", mas cada um deles vai percebendo, com o passar do tempo, que não é bem assim. A sensação de velhice pode começar mt cedo, mm em gente jovem, ou só aparecer qdo o corpo e a mente não deixam mais dúvidas.

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