Pesquisar este blog

domingo, 5 de agosto de 2012

Momento Paulo Leminsky. (Astria Ferrão)


Eu sou tão eu
que sendo eu não me basto
Sendo eu o outro ser
ser eu mesma é raso

Sendo assim o meu viver
sabendo onde devo ir
vejo a rua
o caminho e o momento pra seguir

A lua é redonda
e eu às vezes também
ser triângulo me conclama
a chamar mais alguém

A flor a dor o amor fazem rima
mas eu mesma não sei rimar
Aonde vou com minha sina
pra aprender a sonhar

Que pobreza de preleção
que falta de educação
tanto estudo por tão pobres versos
pra plasmar uma emoção

E o pior é a pretensão
leu Leminsky e achou que achou o tom
não se furta a dar a cara a tapa
e escrever rima pobre com cara de emergente
achando que poetando assim
pode alcançar toda a gente
e fazer sentir o que há em mim
dessa forma, incoerente

Ai de ti, ai de mim
ai dos pobres inocentes
ignorantes, incultos e tudo mais
querendo chegar adiante
e fazer do triângulo, uma lua
redonda igual a um tamanco.
Será que mataram um boi?
Ai de quem poetasse no caminho...

(Para conhecer um pouco sobre vida e obra de Paulo Leminski, minha inspiração para essa poesia acima que eu escrevi, ver links abaixo)

Wikipedia-Paulo Leminski
Projeto Releituras
Enciclopédia Itaú Cultural Literatura Brasileira
A Magia da Poesia

4 comentários:

  1. Razão de Ser

    Escrevo. E pronto.
    Escrevo porque preciso,
    preciso porque estou tonto.
    Ninguém tem nada com isso.
    Escrevo porque amanhece,
    E as estrelas lá no céu
    Lembram letras no papel,
    Quando o poema me anoitece.
    A aranha tece teias.
    O peixe beija e morde o que vê.
    Eu escrevo apenas.
    Tem que ter por quê? (Paulo Leminski)

    ResponderExcluir
  2. Poxa, mãe, legal! Eu nem tinha lido esse. Até q ficou meio no estilinho mesmo, né?

    ResponderExcluir
  3. De geminiana que és de início
    Espelhando sentimentos dessarte
    Fizeste lindos verbos a princípio
    Que da cabeça para o papel passaste

    Nada de intenções ferrenhas
    Nem de sentimentos circunscritos
    Tu em teu coração de embrenhas
    Plasmando palavras nos escritos

    Trouxeste assim, cara amiga, carinhos
    De tua alma pro deleite dos caminhos
    Que trilhamos à distância infelizmente
    Mas próximos em amizade excelente

    ResponderExcluir