que sendo eu não me basto
Sendo eu o outro ser
ser eu mesma é raso
Sendo assim o meu viver
sabendo onde devo ir
vejo a rua
o caminho e o momento pra seguir
A lua é redonda
e eu às vezes também
ser triângulo me conclama
a chamar mais alguém
A flor a dor o amor fazem rima
mas eu mesma não sei rimar
Aonde vou com minha sina
pra aprender a sonhar
Que pobreza de preleção
que falta de educação
tanto estudo por tão pobres versos
pra plasmar uma emoção
E o pior é a pretensão
leu Leminsky e achou que achou o tom
não se furta a dar a cara a tapa
e escrever rima pobre com cara de emergente
achando que poetando assim
pode alcançar toda a gente
e fazer sentir o que há em mim
dessa forma, incoerente
Ai de ti, ai de mim
ai dos pobres inocentes
ignorantes, incultos e tudo mais
querendo chegar adiante
e fazer do triângulo, uma lua
redonda igual a um tamanco.
Será que mataram um boi?
Ai de quem poetasse no caminho...
(Para conhecer um pouco sobre vida e obra de Paulo Leminski, minha inspiração para essa poesia acima que eu escrevi, ver links abaixo)
Wikipedia-Paulo Leminski
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A Magia da Poesia